O curral é um recinto fechado, para onde recolhemos as ovelhas e cabras ao final do dia e onde permanecem em caso de condições atmosféricas adversas, como chuva ou frio intensos. Separado em duas partes por um conjunto de manjedouras, de um lado ficam os ovinos e do outro os caprinos. Apesar desta separação, é sempre possível aos mais atrevidos, sobretudo as cabras, saltarem sobre as manjedouras e fazerem uma visita aos vizinhos do lado. Também as crias, de ambas as espécies, fazem o mesmo, aguçadas pela curiosidade e graças ao seu reduzido tamanho, passam por baixo ou por entre as grades das manjedouras.  

Todas as manhãs, cabras e ovelhas esperam ansiosas junto à porta do curral, emitindo em uníssono o seu característico som, até que esta, finalmente, se abra. Inicia-se, de imediato, uma corrida para o prado, onde se irão deliciar com erva fresca e feno à disposição e uma mistura de grãos de cereais e leguminosas que já está à sua espera. Ao final do dia, a situação repete-se, ainda que em sentido contrário. De volta ao curral, aguarda-as outra dose generosa de grãos de cereais e leguminosas. De barriga cheia, aqui permanecem, desde o fim da tarde, até ao início da manhã do dia seguinte,  

O curral é um dos locais utilizados para a realização da atividade “À Descoberta da Ovelha”. Na pele de um trabalhador da Quinta, as crianças procedem à limpeza do espaço, à colocação de uma nova cama com palha e ao enchimento das manjedouras com feno. De seguida, transportam os dejetos dos animais, restos de palha e feno para o nosso compostor, contribuindo através desta prática para que, mais tarde, as plantas venham a crescer fortes e saudáveis. Estas tarefas, que à partida podem não parecer tão apelativas, são um verdadeiro sucesso, pois são oportunidades únicas de aceder a uma realidade desconhecida na cidade, permanecendo na memória dos participantes. Quando cá voltam, muitos deles manifestam o seu desejo de repetir e recordam estes como dos melhores momentos passados aqui na Quinta.