A Padaria faz parte do conjunto de espaços da Quinta que designamos como cozinhas e onde está o forno a lenha, um dos ex-líbris da Quinta. Um espaço com aroma a pão quente, onde os azulejos de parede, pintados com maçarocas de milho, em tons de amarelo, nos levam para o cenário de um campo de cereais. Toda a restante decoração remete-nos, também, para o processo por que passa o cereal até à confeção do pão. Existem reproduções em miniatura de um moinho de água e de um espigueiro do Soajo, ambos construídos e oferecidos por um familiar de um funcionário da Quinta, e, também, de um moinho de vento. Nas paredes e banca, relembramos os utensílios agrícolas que ilustram as diversas fases da transformação dos cereias, tais como a peneira, o crivo, a foice ou o malho e diversos tipos de cereais (trigo, milho, cevada e centeio).

É no centro, à volta da mesa típica da Quinta, retangular com tampo de mármore e pés de madeira, que se organizam os grupos de crianças que vão por a mão na massa e descobrir a arte secular de fazer pão, desde o mais tradicional, ao pão de milho ou à broa e folares de várias origens.

Esta cozinha é muito quente e acolhedora no inverno, fazendo lembrar as casas da aldeia, onde o calor e cheiro da lareira se entranhavam nesta estação do ano. No verão, as temperaturas elevadas, que se juntam ao calor proveniente do forno a lenha, são, muitas vezes, difíceis de suportar, o que faz com que tenhamos que suspender as atividades que necessitam do forno nessa altura do ano.