A pocilga é o espaço com aproximadamente 100 m2, onde vivem os porcos e que comporta, facilmente, três a quatro animais.

Cerca de 1/5 da área da pocilga é coberta, funcionando como espaço de descanso para os suínos e para a sua alimentação. Na área que está descoberta, o solo é em terra, como é muito apreciado pelos suínos, não só pelo enriquecimento ambiental, mas também por motivos fisiológicos. A terra permite-lhes desenvolver o seu comportamento natural de fuçar o solo, para aí encontrar raízes de plantas e pequenos animais, como minhocas e lesmas.

No verão, sendo um espaço ao ar livre, face às temperaturas mais elevadas, molhamos, habitualmente, a terra, transformando-a em lama, para que os suínos se possam envolver nela, pois funciona para proteção contra o calor, dado não possuírem glândulas sudoríparas bem desenvolvidas, fundamentais na manutenção da temperatura corporal. A terra molhada tem, também, a função de proteção da pele contra as picadas de insetos.

Os porcos, apesar do nome, são animais que prezam muito a sua higiene, selecionando uma área para defecação e micção bastante afastada da zona de alimentação e descanso, o que é visível aqui na Quinta, em que a acumulação de fezes se verifica num extremo da pocilga, oposto à área coberta.

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária obriga todas as explorações suinícolas, bem como outros espaços onde existam suínos, a impedirem o acesso de elementos exteriores ao espaço onde residem os animais, não sendo, igualmente, permitido que estes alimentem os animais. O cumprimento desta medida é extremamente importante, para prevenção de uma doença dos suínos que provoca elevada mortalidade nesta espécie, designada por Peste Suína Africana. Esta doença atinge, atualmente, vários países europeus, razão pela qual foram colocadas um conjunto de barreiras que impedem o acesso dos visitantes da Quinta à pocilga.