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Jagós

O Jagós é um animal muito viajado. Nascido a 27 de dezembro de 1998, este burro da Graciosa, atravessou o Atlântico, vindo diretamente da ilha que o viu nascer, nos Açores, para aqui chegar, em fevereiro de 2000, pela mão da Sociedade Protetora dos Animais. A 10 de junho de 2004 foi doado à Guarda Nacional Republicana (Burro GNR) e permaneceu nas instalações da Escola da GNR, em Queluz, até setembro de 2017, data em que se juntou à nossa família.  

A raça Burro da Graciosa foi reconhecida como raça autóctone a 29 de Junho de 2015 e com a raça Asinino de Miranda (burro mirandês), constitui uma das duas únicas raças autóctones portuguesas de burros, ambas presentes na Quinta Pedagógica dos Olivais. 

Como principais características, o Jagós apresenta a pelagem pardo-rato, com ventre e extremidades os membros brancos, a sua reduzida altura, 102 cm de altura, ao nível do garrote, e baixo peso corporal, cerca de 150 Kg. Distingue-se, especialmente, dos burros de outras raças, pela presença de duas listas negras perpendiculares, em forma de cruz, designada por “lista crucial” e, também, pelos chamados rodopios, um conjunto de pelos dispostos em forma de círculo, em ambos os flancos. 

O número de exemplares desta raça é muito reduzido e localizado quase exclusivamente nas ilhas dos Açores, sobretudo na ilha Graciosa. Embora não se saiba com exatidão, estima-se que existam entre 70 e 100 exemplares, o que a torna uma raça ameaçada de extinção. 

O Jagós é um burro manso, que se destaca pelo seu andar lento e tranquilo. Como é apanágio dos burros, é um pouco teimoso, mas extremamente dócil e esperto, ao contrário do que se pensa, dada a conotação negativa associada ao termo burro.