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A apanha da azeitona voltou à Quinta

Dia 7 de outubro, a Quinta encheu-se de alegria e tradição na apanha da azeitona.

Todos os anos, revivemos esta exigente prática agrícola, mostrando aos pequenos visitantes o caminho que este fruto percorre até chegar à nossa mesa.

Entre varas, redes e cestos, miúdos e graúdos juntaram-se para varejar, ou seja, utilizando as varas para sacudir os ramos e, assim, fazer cair as azeitonas, que depois são recolhidas em cestos e baldes. Tudo isto ao som de cantares tradicionais entoados pelo Coro da CURPI - Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de S. João da Talha.

Mais do que uma colheita, esta atividade é um momento de aprendizegem, convívio e partilha intergeracional, que nos recorda a importância das tradições rurais e o valor do trabalho agrícola. No final, como manda a tradição, não faltou a merecida merenda com pão, azeite e, claro, umas deliciosas azeitonas!

Hoje em dia, a "Apanha da azeitona" está um pouco facilitada, sendo, maioritariamente, realizada de forma mecânica, mas a forma mais antiga e tradicional, é a manual, recorrendo a dois métodos diferentes:

- “Ripar”, consiste na utilização de um instrumento, tipo garfo, para soltar as azeitonas;

- “Varejar”, utilização de varas para bater nos ramos da oliveira.

Estes métodos são mais inofensivos para as Oliveiras. Em ambos os casos, as azeitonas caem em panos colocados à volta do pé da oliveira e são depois colocadas em cestos. Finda a colheita, a azeitona é levada para o lagar para se iniciar o processo de extração do azeite. Mais recentemente, não só pelo custo e escassez de mão-de-obra, mas também pela necessidade de tornar este processo mais simples, rápido e eficiente, surgiram meios mecânicos de vibração da árvore.

A forma mais antiga e tradicional, o “Varejar”, é a que utilizámos e replicamos, como manda a tradição, com grupos de escolas e de séniores que nos visitaram neste dia. O objetivo não foi colher grandes quantidades de azeitona, mas recriar a alegria e o convívio que se geram na partilha destes momentos. Uma tradição cada vez mais rara e que, atualmente, resiste, sobretudo, em famílias de pequenos meios rurais.